Galega por ter sido de origem francesa e habitada por gauleses, desde o tempo de D. Afonso Henriques, o Primeiro, ou por ter sido terra estéril? Os intelectuais aguçam a discussão enquanto que o povo, sempre romântico, atribui-lhe a origem a uma estalajadeira galega, de seu nome Alda. “Vamos à da Alda, a Galega?” Daí Aldegalega.
Entre a lenda e a história se embalou o nome de Aldea Galega escrito, ao longo do tempo, ao sabor da inspiração: Alda Gallega, Aldea Gallega, Aldegalega, Aldaguallega do Ribatejo, Aldegalega, Dalda Gualega ou Aldeia Gallega do Ribatejo, como registou o Foral dado por D. Manuel I, em 15 de Setembro de 1514.E tal era a confusão que, em 2 de Fevereiro de 1879, a Câmara fixou-lhe o nome em Aldegalega, mas logo em 1881 os ilustres cidadãos bramaram: “Basta de sarcasmos! Chamar Galega a uma povoação de sete mil verdadeiros portugueses, parece-nos um verdadeiro absurdo”, pedindo então a El-Rei D. Luis que a terra se passasse a chamar Alda.
Alda? Bem, nem todos estavam de acordo com este nome e, por isso, a história registou outras propostas: Linda Aurora do Ribatejo, Vila Flor, Vila Maior do Ribatejo, Aldegalega Lusitânia, Nova Lusitânia, Lusitânia e Vila Lusa.
Mas, como ninguém se entendia a terra continuou a chamar-se Aldegalega ou Aldeia Galega do Ribatejo.
Em 1930, já não se tratava de uma aldeia, mas sim de uma pujante vila e correspondendo aos anseios dos seus moradores, Carlos Hidalgo Gomes de Loureiro, Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Aldeia Galega do Ribatejo, requereu, no dia 5 de Fevereiro, a mudança de nome para Montijo, nome ancestral da península e do antigo porto.
A proposta foi sancionada pelo Decreto nº. 18434 e a partir do dia 6 de Junho de 1930,a vila e o concelho de Aldeia Galega do Ribatejo passaram a denominar-se Montijo.
Texto retirado de: Blogue MONTIJOPORTUGAL
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